Um dos últimos quadrinhos lidos por aqui foi essa adaptação de duas histórias do uruguaio Horácio Quiroga, pelas mãos de Odyr.
👉🏼 Já havia tido contato com o trabalho de Odyr com a adaptação de A Revolução dos Bichos (que já tem resenha lá no blog e menciono direto) e nunca esqueci o traço do artista. Ao contrário da história de Orwell, não conhecia as de Quiroga e foi interessante poder ter esse primeiro acesso por meio dos quadrinhos, ainda mais pelas mãos de um artista já conhecido. Confira a resenha de O Leão e a Pátria!
"“Uma flecha que, cuidadosamente apontada, sai do arco para ir direto ao alvo.” Assim o uruguaio Horacio Quiroga (1878-1937) definiu a arte do conto, gênero que o consagrou como um dos maiores escritores latino-americanos do século XX. Influenciado pela vida em Misiones e no Chaco missioneiro, no nordeste argentino, e cada vez mais obcecado por relatos fabulares e parábolas à Kipling, Quiroga escreveu onze contos reunidos sob o título de El desierto, publicado em 1924. São deste livro as duas parábolas recolhidas, adaptadas e ilustradas pelo gaúcho Odyr: “O leão” e “A pátria”. Na primeira, um leão é ludibriado de modo a submeter-se à civilização. Na outra, um grupo de animais decide, a exemplo dos homens, fundar uma pátria, humanizando-se e traindo sua existência selvagem. As consequências são misteriosas e sombrias.
O leão e a pátria, ao combinar as extraordinárias visões de Odyr e Quiroga, sugere uma meditação profunda sobre homens, animais, meio ambiente e as complexas relações entre natureza e cultura."
Essa edição traz duas histórias de Horácio Quiroga, a primeira O Leão e, a segunda, A Pátria. Na primeira, um leão é ludibriado de modo a submeter-se à civilização. Na outra, um grupo de animais decide, a exemplo dos homens, fundar uma pátria, humanizando-se e traindo sua existência selvagem. As consequências são misteriosas e sombrias.
🪶 Duas fábulas sutis, mas poderosas O Leão e a Pátria nos convidam a refletir sobre a profunda relação entre os humanos, o ambiente e os animais. Ambas exploram a convivência entre nós e outros seres, brincam com o contato e as relações criadas a partir desse encontro, e nos fazem questionar o que entendemos como humanidade.
Mesmo com duas narrativas curtas é possível perceber a potência da escrita de Quiroga e sua capacidade de trabalhar com os detalhes daquilo que nos faz quem somos. Já com Odyr, encontramos um universo de cores claras, pastéis, e pinceladas grossas que convidam nossos olhos a ficar um pouco mais por ali.
O Leão e a Pátria foi uma grata surpresa, mais um quadrinho excelente que pude ter contato e deixo a recomendação aos fãs de HQs 🦁🐆
Gostou da resenha e quer conhecer outro trabalho de Odyr? Confira a resenha de A Revolução dos Bichos HQ!
Oi minha linda.
ResponderExcluirQue livro maravilhoso, essa edição está linda demais!!
Fiquei super com vontade de ler.
Beijos.
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