Resenha: A Casa Holandesa
Lançado primeiramente para os assinantes do Intrínsecos, o clube de assinatura da editora Intrínseca, A Casa Holandesa é um romance sobre relações familiares e o apego ao lugar onde criamos raízes. Saiba mais na resenha de A Casa Holandesa!
"Após a Segunda Guerra Mundial, graças à conjugação de sorte e um investimento fortuito, Cyril Conroy entra no ramo imobiliário, criando um negócio que logo se tornará um império e levará sua família da pobreza a uma vida de opulência. Uma de suas primeiras aquisições é a Casa Holandesa, uma extravagante propriedade no subúrbio da Filadélfia. Mas o que seria apenas uma adorável surpresa para a esposa acaba desencadeando o esfacelamento de toda a estrutura familiar.
Quem narra essa história é o filho de Cyril, Danny, a partir do momento em que ele e a irmã mais velha — a autoconfiante e franca Maeve — são expulsos pela madrasta da casa onde cresceram. Os dois irmãos se veem jogados de volta à pobreza e logo descobrem que só podem contar um com o outro. E esse vínculo inabalável, ao mesmo tempo que os salva, é o que bloqueia seu futuro.
Apesar de suas conquistas ao longo da vida, Danny e Maeve só se sentem verdadeiramente confortáveis quando estão juntos. Narrada ao longo de cinco décadas, A Casa Holandesa é uma história sobre a dificuldade de superar o passado. Com bom humor e raiva, os dois rememoram inúmeras vezes seu relato de perda e humilhação e a relação entre o irmão indulgente e a irmã superprotetora enfim será colocada à prova quando os Conroy se virem forçados a confrontar quem os abandonou.
Uma saga sobre o paraíso perdido, A Casa Holandesa se debruça sobre questões de herança, amor e perdão, uma narrativa sobre como gostaríamos de ser vistos e quem de fato somos. E, embora seja um livro repleto de reviravoltas que farão o leitor devorar a história, seus personagens ficarão marcados por muito tempo na memória."
FICHA TÉCNICA
Título: A Casa Holandesa
Autora: Ann Patchett
Ano: 2020
Páginas: 352
Idioma: Português
Editora: Intrínseca
Nota: 3/5
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LIVRO CEDIDO EM PARCERIA COM A EDITORA
A Casa Holandesa é um livro pautado todo na estrutura do núcleo familiar e como um lugar pode ser responsável por unir ou afastar seus membros. E mesmo o autor dando indícios de que a casa seria responsável por auxiliar no desenvolvimento dos personagens, isso vai ficando mais claro ao longo de toda a narrativa. Danny, o filho mais novo, é quem conta essa história e quem faz, ao longo de todo o livro, um gancho com a Casa Holandesa.
As relações familiares são o ponto central da narrativa, principalmente a dinâmica entre Danny e sua irmã mais velha Maeve. A Casa Holandesa está sempre presente no imaginário dos dois, desde a infância até a vida adulta, e o tempo vivido no lugar e o que ele representa são responsáveis por pautar diversos dos conflitos entre os irmãos e suas decisões.
Mesmo que A Casa Holandesa conte uma história fácil de se identificar por conta de seus personagens, suas motivações e pela própria proposta do livro, senti um certo distanciamento da história, fazendo com que fosse difícil me sentir envolvida e realmente imersa na leitura. A todo tempo parece que estamos esperando algo acontecer, mas nunca acontece. É um livro fácil de ler porque Ann tem uma escrita bem fluida e leve, mas A Casa Holandesa é uma história bem monótona e difícil de se sentir fisgado pela narrativa.
Por conta da presença quase onisciente da casa, a todo tempo pensei que teria seria muito interessante se o livro fosse narrado pela própria Casa Holandesa, um narrador que poderia ser extremamente instigante como em A Improbabilidade do Amor. Teria sido interessante ter um narrador estático narrando a passagem do tempo, que é uma das características mais expressivas do livro. Acredito que isso teria aumentaria o envolvimento com a história.
A Casa Holandesa é um livro sobre mudanças e ciclos e como as pessoas se transformam enquanto alguns lugares se mantém parados no tempo, eternos. Isso é demonstrado tanto pela continuidade da casa por parte da família, quanto pela aura quase mística que ela adquire à medida que os irmãos vão crescendo e amadurecendo, mesmo longe da casa.
Ann Patchett traz uma sensibilidade nata em sua escrita e não é difícil se sentir tocada por suas palavras e a forma como ela trata de temas como abandono, apego, perdão e amor. Ao final do livro, ficamos com a sensação de ter passado de fato uma vida inteira ao lado dos personagens, um bela característica de um bom romance de formação.
A Casa Holandesa é um livro doce e sensível, perfeito para aqueles leitores que se deleitam com um bom drama familiar e uma história que poderia muito bem ser nossa. Uma leitura leve e morna.
Gostou da resenha e quer conferir outra indicação literária? Então conheça A Improbabilidade do Amor!
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1 comments
Amei essa edição, a sinopse e sua resenha estão impecáveis. Essa capa me fez querer ler ainda mais o livro e saber que aborda temas familiares me deixou instigada.
ResponderExcluirVou procurar para comprar inicio do ano que vem e já anotei aqui para minha lista de leitura.
Beijos.
https://www.parafraseandocomvanessa.com.br/