A leitura sensível, ou leitura de sensibilidade, é uma revisão e leitura crítica feita com o propósito de analisar a linguagem e a representação de minorias em uma história, em um livro, por exemplo. Ela se mostra extremamente necessária em obras de ficção escritas por autores que não estão inclusos nesses grupos sociais. Como, por exemplo, um autor hétero que escreve uma história cujo protagonista é um homem gay, ou uma mulher branca escrevendo sob o ponto de vista de uma mulher negra.

A leitura sensível é responsável por procurar incoerências nos discursos, uso de palavras e termos que reforçam estereótipos e, claro, preconceitos linguísticos. É uma forma de garantir que exista representatividade na literatura, mas que ela seja abordada com responsabilidade, empatia e coerência.

Na hora de escrever e publicar um livro que trata de vivências diferentes das nossas, é importante pensar não apenas que a informação deve ser passada com a maior coerência possível, mas também que leitor que pode pertencer a uma minoria e que não se sentirá acolhido por determinado discurso.

Assim como os profissionais responsáveis por verificar elementos históricos e dados numéricos, o leitor sensível vem se mostrando muito importante para representar a realidade dos leitores e garantir a segurança do próprio autor e da editora com a publicação da obra. Existe liberdade poética, mas é importantíssimo que ela também respeite a liberdade de cada um e preze pelo zelo com o leitor e tudo o que ele sente que o representa.

A leitura sensível é mais uma forma de garantirmos que a literatura, além de representar uma potente ferramenta de construção empática, também seja um espaço de acolhimento e representatividade.

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