Resenha: Mulheres na luta: 150 anos em busca de liberdade, igualdade e sororidade
Leituras feministas se tornaram obrigatórias aqui no blog e fico muito feliz em ver que a temática da luta das mulheres está se expandindo para outros gêneros e formatos. Mulheres na Luta é um dos últimos lançamentos da Seguinte, selo da Companhia das Letras, e já é uma das minhas leituras favoritas do ano. A adaptação aos quadrinhos de momentos marcantes do movimento feminista traz informação, entretenimento e democratização de conhecimento.
Confira a resenha dessa HQ incrível e saiba porque Mulheres na Luta é um livro tão especial!
"Há 150 anos, a vida das mulheres era muito diferente: elas não podiam tomar decisões sobre seu corpo, votar ou ganhar o próprio dinheiro. Quando nasciam, os pais estavam no comando; depois, os maridos. O cenário só começou a mudar quando elas passaram a se organizar e a lutar por liberdade e igualdade.
Neste livro, Marta Breen e Jenny Jordahl destacam batalhas históricas das mulheres — pelo direito à educação, pela participação na política, pelo uso de contraceptivos, por igualdade no mercado de trabalho, entre várias outras —, relacionando-as a diversos movimentos sociais. O resultado é um rico panorama da luta feminista, que mostra o avanço que já foi feito — e tudo o que ainda precisamos conquistar."
FICHA TÉCNICA
Título: Mulheres na Luta: 150 anos em busca de liberdade, igualdade e sororidade
Autoras: Marta Breen e Jenny Jordahl
Ano: 2019
Páginas: 128
Idioma: Português
Editora: Seguinte (Companhia das Letras)
Nota: 5/5
Compre: Amazon
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Título: Mulheres na Luta: 150 anos em busca de liberdade, igualdade e sororidade
Autoras: Marta Breen e Jenny Jordahl
Ano: 2019
Páginas: 128
Idioma: Português
Editora: Seguinte (Companhia das Letras)
Nota: 5/5
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LIVRO CEDIDO EM PARCERIA COM A EDITORA
O ano de 2019 está sendo o ano das leituras de HQs pra mim e eu não poderia estar mais contente com as narrativas incríveis que estou descobrindo. Mulheres na Luta foi um achado e já entrou para minha lista de leituras favoritas do ano e pra lista de melhores HQs que já li.
Produções sobre o movimento feminista e a luta das mulheres estão (ainda bem) cada vez mais comuns e é muito satisfatório ver a pluralidade de narrativas alcançando diferentes espaços, gêneros e formatos também, como no caso de Mulheres na Luta: 150 anos em busca de liberdade, igualdade e sororidade, que traz uma explicação história para os quadrinhos. É uma bela maneira de explorar novos gêneros literários que permitem uma maior democratização do conhecimento por meio de uma linguagem mais acessível, com elementos visuais, linhas do tempo e contextualizações históricas.
Mulheres na Luta é uma possibilidade de introduzir esse tipo de leitura desde cedo, já que pode facilmente ser absorvido por crianças e jovens, e até mesmo por aqueles que não estão tão familiarizados com o movimento feminista e essa temática.
Por ser um livro mais resumido, as autoras não mergulham nos acontecimentos, por mais importantes que eles sejam. Entretanto, o livro tem a proposta de dar um panorama geral sobre a luta das mulheres por seus direitos, além de mencionar algumas figuras importantíssimas para o movimento como Harriet Tubman, Sojourner Truth e Táhirih. É uma abordagem propositalmente mais breve e que cumpre seu papel perfeitamente.
As autoras usam como norte três lutas do movimento feminista: o direito à educação, de exercer uma profissão e ganhar o próprio dinheiro; o direito de votar em eleições políticas e o direito de decidir sobre o próprio corpo. A cronologia do livro segue a cronologia histórica e Marta Breen e Jenny Jordahl se pautam nessas lutas para conduzir a narrativa e para definir o uso das cores dos capítulos. Elas mostram como a história do movimento feminista está diretamente ligada à própria história da sociedade.
Muitas vezes temos a ideia de que uma literatura feminista deve ser mais séria e densa, com muito conteúdo e extensa o suficiente para englobar todas as nuances do movimentos, mas não precisa ser sempre assim. Livros como Mulheres na Luta são preciosidades que permitem que essa narrativa alcance mais pessoas e seja absorvida com mais facilidade, mesmo aqueles que não tem o costume de mergulhar nesse tipo de leitura voltada para as questões de gênero.
Por mais séria que seja a temática, as autoras tratam os eventos com humor e leveza, sem deixar de transmitir as informações e a mensagem de cada uma das lutas por direitos. Isso é feito por meio do uso de ironias nos diálogos, nos traços mais finos e menos realistas, no uso das cores para dar vida a cada capítulo do livro. Além disso, a linguagem é bem atual, e as autoras mencionam movimento me too e é visível a referência a memes da internet.
O livro ainda conta com um posfácio "Brasileiras na luta", escrito por Bárbara Castro, que dedica uma atenção especial às mulheres brasileiras que foram responsáveis (e continuam sendo) pela conquista dos direitos aqui no Brasil. É um texto recheado de informação, extremamente necessário, e que dá inspiração para nós, mulheres, que continuamos na luta. Porque não podemos parar.
Mulheres na luta é um livro muito rico, que aborda de maneira geral as grandes lutas do movimento feminista, mas que também traz curiosidades como a criação do dia internacional da mulher e a importância das mulheres no movimento socialista. É um livro para trazer novos leitores e introduzir a temática feminista de uma maneira divertida, leve e apaixonante, sem deixar de lado a seriedade do tema.
Mulheres na Luta é um daqueles livros para guardar com carinho na estante. Além da edição com capa dura, ilustrações lindas e um projeto gráfico para admirar, traz uma forma mais acessível de entender a cronologia do movimento feminista, apresenta personagens marcantes da luta das mulheres e adapta para novos formatos uma temática que precisa ser cada vez mais aceita e discutida. Principalmente na literatura.
Gostou da resenha e quer conhecer outro livro com temática feminista e com um tom mais leve? Então confira Wonder Women!
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