2018 foi um ano meio louco. Desde o começo eu sabia que seria um ano de transição. De últimos começos e primeiros finais. Na virada do ano eu já olhava para 2018 com apreensão, entusiasmo, receio e ansiedade. Seria o último ano de muita coisa e é um tanto quanto esquisito viver um momento que você sabe que representa as últimas páginas de um capítulo.
Comecei o ano com um estágio que foi se mostrando o início do que pretendo fazer no futuro, apresentei meu TCC e recebi nota máxima, terminei a faculdade da forma mais natural e inconsciente possível, transformei um estágio em um emprego, terminei o ano me preparando e torcendo por possibilidades de estudar e mora fora, e vou passar a virada de ano em um país que sempre sonhei em conhecer.
Comecei o ano buscando mais sobre mim mesma, buscando aquilo que conversa com uma parte intrínseca a mim. Descobri a deeksha e me tornei uma doadora, me aprofundei mais nos meus estudos de Yoga e dos Sutras, fui pra São Paulo para conhecer um templo budista, consegui, pela primeira vez, entrar em contato com algo dentro de mim que eu nem sabia que existia.
Investi mais tempo no blog e nas leituras, consegui novas parcerias fixas e parcerias pontuais com editoras que amo, ultrapassei a minha meta de leitura no meio do ano, li alguns dos livros mais incríveis da minha vida, mergulhei ainda mais no meu amor pelos livros e até criei um clube do livro na minha cidade.
Passei a cuidar mais de mim, do meu corpo, da minha mente e do meu coração. Passei a olhar com mais carinho para mim mesma e busquei refletir isso todos os dias de alguma forma. Comecei a não comer carne uma vez por semana, passei a praticar yoga quatro vezes por semana, cultivei o hábito de meditar com mais frequência, enchi um potinho da gratidão, comecei um scrapbook, busquei me exercitar mais do que já fazia, passei a tomar chá todos os dias, adotei uma rotina de skin care, me dediquei mais aos meus bichinhos, procurei aprender mais sobre a natureza e o ambiente à minha volta.
Aprendi a ouvir mais e melhor a voz que existe na minha mente e a respeitar aquela que me guia de dentro do peito. Me abri para novas oportunidades e reuni coragem para colocar em prática sonhos e desejos que eu guardava há algum tempo. Me libertei de traumas e sentimentos que me acompanhavam desde que eu era nova demais para entender o que significavam. Levei alguns tapas na cara da vida e das expectativas que coloquei em mim e nos outros. Perdi um pouco a ilusão de que algumas coisas deveriam ser perfeitas e entendi que eu também jamais poderei corresponder a qualquer ideal de perfeição.
Aprendi mais sobre minha condição de mulher e sobre o propósito da minha existência como ser humano. Abri os olhos para o que o universo queria me mostrar e direcionei minha atenção para o que minha alma tentava me dizer. Fiz as pazes comigo e com muita gente que às vezes nem sabia que precisava perdoar e ser perdoada. Me abri um pouco mais para o mundo e para a vida. Amadureci muito em pouco tempo.
Tive um final de ano turbulento, com tudo o que me dispus a fazer se acumulando e me exaurindo. Me desviei um pouco daquilo que gostaria de ter feito e senti que perdi um pouquinho do que havia conquistado nos primeiros meses no ano. Senti velhas inseguranças voltando com força e descobri novos anseios que me tiraram o chão por diversas vezes. Deixei de aproveitar vários momentos porque simplesmente não consegui fazer tudo de uma vez. Temi me perder de vez enquanto não tinha mais tempo para continuar me encontrando.
Mas a vida é feita de processos e todo dia vivo um diferente. A vida é feita de ciclos e muitas vezes eles se repetem e precisamos reunir coragem, força e disposição para enfrentar os mesmos demônios de novo e de novo.
2018 foi um dos anos mais intensos que já vivi. 2018 foi um dos anos que mais me proporcionou aprendizados. 2018 me aproximou de pessoas incríveis, me afastou de outras e estreitou ainda mais os laços com pessoas essenciais pra mim. 2018 me bateu, me amou, me derrubou, me reergueu, me tirou o chão e me deu o céu. 2018 me deu o maior presente que a vida poderia ter me dado: me devolveu pra mim.
Em 2018 eu aprendi o real significado da palavra Gratidão.
Começo 2019 ainda tentando absorver tudo o que 2018 significou pra mim e com a certeza de que muitos outros anos vão passar antes que eu consiga. Começo o ano tendo a certeza de que me tornei uma pessoa completamente diferente daquela que observou os ponteiros marcarem meia noite no dia 31 de dezembro de 2017. E sei que, daqui a 365 dias, serei outra mulher olhando para o ano que termina. E isso aprendi esse ano.
2018 me ensinou que cada mudança pode ser desafiadora e linda, que cada virada de página do calendário pode representar o fim de algo que tinha que acabar e o começo de algo que precisa começar. Não preciso ser as nuvens que viajam o mundo em busca de algo maior. Eu sou o céu que as observa passar. Permanente. Presente. Consciente.
2018, gratidão. 2019, estendo a mão.
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1 comments
"2018 me ensinou que cada mudança pode ser desafiadora e linda, que cada virada de página do calendário pode representar o fim de algo que tinha que acabar e o começo de algo que precisa começar. Não preciso ser as nuvens que viajam o mundo em busca de algo maior. Eu sou o céu que as observa passar. Permanente. Presente. Consciente.
ResponderExcluir2018, gratidão. 2019, estendo a mão. " << UAAAAAAUU!!! Nem sei explicar o que eu senti ao ler isso.
2018 foi um ano de muito aprendizado pra mim também e tive que encontrar forças dentro de mim. Tive que enfrentar meus medos, tive que encarar a morte do meu avô, tive que encarar os dias sombrios na qual eu não sentia vontade de sair da cama, eu vi uma bala atravessar o teto da minha casa, eu senti medo, eu senti frustração... Mas no fim, o ano valeu a pena! Pois tive a coragem de sair de um emprego que consumia minhas energias, minha vontade de sorrir... E depois que me libertei, eu me transformei! Também mudei o visual em 2018 e isso me fez muito bem. Eu viajei muito, eu sorri muito também, eu ri muito (fui em 2 stand up), eu aprendi a agradecer mais... E algo na qual me orgulho e me sinto feliz:: Minha essência de ser humano cheio de empatia e sede de justiça também apareceu com força em 2018. Me coloquei no lugar de muita gente, me propus a tentar sentir e entender a dor do outro e com isso, estendi mais a mão! Meu maior objetivo para 2019 é ser muito mais grata, é ajudar muito mais, é fazer a diferença!
Que 2019 seja incrível para todos nós. Que seja um ano repleto de felicidade e gratidão
Beijos,
www.apequenaka.com