Pages

23 de jul. de 2017

Resenha: Trilogia Redenção


Romances sempre foram leituras obrigatórias na minha estante desde que me lembro. Romances eróticos então? Conquistaram um espaço muito querido e passei a conhecer autoras sensacionais e histórias extremamente envolventes.
 Conheci Nana Pauvolih pela sua trilogia Redenção. A princípio não estava com expectativas altas porque minha experiência com autoras nacionais de livros eróticos não tinha sido muito boa até então, mas Nana mudou meu pensamento. Quer entender porque? Então confira a resenha da trilogia Redenção:

“Em Redenção de Um Cafajeste, a autora narra a história de uma garota simples, que sonha terminar a faculdade e ser professora, e que conhece um empresário, dono de uma das revistas masculinas mais escandalosas do país. Uma história que mistura doses certeiras de paixão, romantismo e erotismo, tendo o Rio de Janeiro como cenário.”

FICHA TÉCNICA DA TRILOGIA
Títulos: Redenção de um cafajeste, Redenção e submissão, Redenção pelo amor.
Autora: Nana Pauvolih
Anos: 2015 e 2016
Páginas: 560 + 440 + 580
Idioma: Português
Editora: Rocco Fábrica231
Nota: 4/5
Compre: Amazon
Comprando por esse link você ajuda e incentiva o Nostalgia Cinza

A trilogia Redenção é focada na história de três amigos, Arthur, Matt e Antônio, e cada volume da série conta a trajetória de um deles ao conhecer o amor da sua vida. Arthur, um mulherengo descarado e incorrigível conhece Maiana e, a princípio, tudo o que quer é leva-la para cama. Não é preciso mais que alguns encontros para perceber que ela não é uma mulher fácil. Maiana é uma moça extremamente inocente e romântica e acaba se deixando levar pela lábia de Arthur. Até aí nada demais, um enredo típico. Entretanto, o desenvolvimento dos personagens é o ponto forte, principalmente o de Maiana.
O segundo livro, Redenção e Submissão, é, sem dúvidas, o mais quente da trilogia. Matt, apesar de ser um bom moço, bem diferente de seu amigo Arthur, é um dominador nato. Quando ele conhece Sophia você acha que a história será em torno dele tentando convencê-la a entrar no mundo do sadomasoquismo, mas é aí que vem a surpresa: ela é uma dominatrix. Gostei muito da forma como Nana Pauvolih trabalhou esse relacionamento e a troca constante de poder entre os protagonistas. As cenas de sexo são bem frequentes e muito bem desenvolvidas.
O terceiro livro, Redenção pelo amor, conta a história de Antônio e Cecília. Eles se conheceram quando tinham vinte e poucos anos e a química foi instantânea. Apesar da paixão que crescia de forma explosiva, Antônio precisou fazer algumas escolhas que selaram o destino do casal. Metade do livro é narrado durante o período que se conheceram e a outra metade trabalha o reencontro do casal nove anos depois e as consequências de suas escolhas nesse meio tempo. Achei o terceiro livro o mais real da série porque ele coloca o amor à prova e mostra como nem sempre estar loucamente apaixonado basta.

“No segundo livro da trilogia Redenção, a carioca Nana Pauvolih mistura doses certeiras de paixão e erotismo para narrar o explosivo relacionamento da jovem Sophia Marinho com Matt. Após dois anos morando em Portugal, a jovem retorna ao Rio de Janeiro, reencontra o antigo companheiro no Clube Catana e descobre novos limites para o prazer. Redenção e submissão traz sexo em alta voltagem e mostra porque Nana Pauvolih é o principal nome da literatura erótica nacional.”

Nana Pauvolih alterna os pontos de vista entre os principais personagens da trama em toda a trilogia. Ela apresenta o casal através da narração em primeira pessoa. Ao mesmo tempo em que esse recurso é bom porque você tem os pensamentos e emoções de cada um dos protagonistas de forma descarada, às vezes fica um pouco repetitivo, principalmente quando eles descrevem o mesmo acontecimento. Talvez a opção pela narrativa em terceira pessoa pudesse ter sido uma alternativa melhor.
Outro ponto negativo envolve o desenvolvimento das histórias. Sempre gostei de ler livros grandes, com muitas páginas e muita história. Entretanto, para escrever um livro de mais de 500 páginas, acredito que precisa existir muito conteúdo para não tornar a leitura cansativa. Um dos motivos que me atraíram nos livros de Nana foi justamente a quantidade de páginas. Mas em Redenção pelo amor, por exemplo, senti que a história poderia ter sido contada de forma mais rápida e isso não afetaria a qualidade do texto. Em vários momentos senti que havia uma narração desnecessária e, até certo ponto, enrolada.
Nana Pauvolih consegue escrever histórias envolventes com personagens fortes e acredito que a trilogia poderia ter sido um pouco enxugada nesse sentido. A autora consegue escrever cenas de sexo bem detalhadas e envolventes, mas senti que elas aconteciam em intervalos tão curtos de tempo que o romance perdeu aquela construção do erotismo e da paixão e passou a ser algo previsível.

“Redenção pelo amor encerra a trilogia de maior sucesso de Nana Pauvolih, pioneira da autopublicação no segmento erótico nacional. Depois de Redenção de um cafajeste e Redenção e submissão, a autora apresenta, em Redenção pelo amor, mais uma história de paixão arrebatadora, agora protagonizada pelo ambicioso Antônio, amigo dos protagonistas dos livros anteriores, Arthur e Matheus, e por Cecília, uma garota simples, bela e radiante. Ansiosamente aguardado pelas fãs da autora, que coleciona mais de um milhão de visualizações de suas histórias na plataforma online Wattpadd e mantém contato diário com suas leitoras através das redes sociais, Redenção pelo amor é a pincelada final no retrato sedutor que a autora pinta dos três amigos capazes de qualquer loucura em nome da paixão e do desejo.”


Um ponto extremamente positivo na trilogia Redenção são os personagens. Gosto das personagens fortes criadas por Nana Pauvolih, em especial as protagonistas mulheres. Nos três livros da trilogia ela consegue desenvolver mulheres confiantes e inteligentes, o que muitas vezes acaba se perdendo em romances eróticos, principalmente aqueles que envolvem sadomasoquismo. Nana consegue fazer com que mesmo Maiana, uma moça inocente e romântica, faça o homem rastejar e correr atrás para corrigir as burradas que faz. Sophia é uma mulher de dar inveja e Cecília é um exemplo de educação e bondade. Gosto de romances em que a mulher se destaca e Nana consegue fazer isso muito bem, mesmo com homens de características fortes disputando o lugar na narrativa.
As cenas de sexo são muito bem escritas e Nana não poupa detalhes, o que é um ponto fortíssimo já que se trata de uma trilogia erótica. Desde Sophia e Matt, um casal extremamente experiente no quesito sexo, até Arthur e Maiana, um casal que precisa encontrar um meio termo na cama, as cenas são envolventes e bem quentes, um prato cheio para quem gosta desse gênero literário.
A narrativa de Nana flui bastante então todos os três volumes são aqueles livros pra ler praticamente de uma vez, mesmo com o número de páginas. Os diálogos tornam a leitura mais dinâmica, as cenas mais quentes são bem envolventes e a narrativa como um todo é bem gostosa de passar as páginas.
Ao final de Redenção pelo amor, Nana deixa no ar o que pode ser um gancho para uma futura série com os filhos dos três amigos. Ou seja, existe a possibilidade de termos mais histórias calientes e envolventes vindo por aí! Yay!
A trilogia Redenção é uma série para amantes de romances eróticos, histórias apaixonantes e personagens dominantes. Não é à toa que Nana está constantemente na lista das autoras mais vendidas desse gênero e é um orgulho para autores nacionais que conseguem bater de frente com os estrangeiros. Para quem gosta de um romance mais quente, Nana Pauvolih é a pedida certa com a trilogia Redenção.

Se você gostou da resenha e quer conhecer outra trilogia bem quente, confira o que achei da Trilogia Surrender.

“Enquanto sorria e falava com eles, eu só me dava conta dos detalhes. Coisas que se perderam com o tempo em função de lembranças maiores, das quais me agarrei como um náufrago à ultima boia. O formato pequeno de sua orelha, que apareceu quando pôs o cabelo para trás, a mão com dedos finos e delicados, um sinal que tinha no braço.
E, então, como se não estivesse o bastante abalado, outras lembranças mais vívidas vieram, saudosas e dolorosas, pois não podiam mais ser alcançadas. O modo como me beija, o formato de seios pequenos, sua voz melodiosa cantando para mim, o modo como era simpática com todo mundo. Quis agarrar aquilo tudo quase com desespero, dando-me conta mais do que nunca do quanto me fizera falta.”




Quer ficar por dentro de todos os posts do Nostalgia Cinza? Então assine a newsletter! É só colocar seu email, prometo não encher sua caixa de entrada <3

5 comentários: