Pages

22 de mai. de 2017

Casualidade


Ela gostava daqueles encontros casuais com pessoas que talvez nunca fosse ver novamente. Nada romântico, nada intenso. Só... casual. Uma conversa mais longa que alguns minutos, uma conversa sobre tudo, sobre nada.

Ela gostava desses encontros em que precisava pensar a respeito da vida, em que ela precisava pensar o que diria em seguida. Ou não. Deixar os pensamentos criarem forma da maneira que mais lhe parecesse agradável.

Ah, que tesão quando as palavras simplesmente saiam desenfreadas, quando seus pensamentos apenas criavam vida em sua língua e alçavam voo da sua boca.

Ela gostava desses encontros casuais com antigos estranhos e novos conhecidos. Ela adorava poder escolher que parte de si revelar, ela adorava poder ser quem queria.

A cada encontro com um novo “quase amigo” ela mergulhava na sensação que é ver uma pessoa se revelar diante dos seus olhos. Ela gostava de tentar entender porque as pessoas revelavam o que escolhiam revelar para ela. Gostava de tentar ler as entrelinhas, escutar palavras não ditas.

Ela adorava esses encontros.
Não se incomodava em nunca mais ver aquela pessoa novamente. Guardava as conversas num potinho de cristal. Talvez nunca mais fosse abrir aquele potinho de novo, mas sentia-se maravilhosamente bem só de saber que ele estava ali, que guardava ínfimos momentos que, por alguns instantes, significaram tudo pra ela. 
*Para fins de direitos autorais, declaro que as imagens utilizadas neste post não pertencem ao blog. Qualquer problema ou reclamação quanto aos direitos de imagem podem ser feitas diretamente com nosso contato. Atenderemos prontamente. Foto: gabrielleassaf.

Nenhum comentário:

Postar um comentário