Ela
gostava daqueles encontros casuais com pessoas que talvez nunca fosse
ver novamente. Nada romântico, nada intenso. Só... casual. Uma
conversa mais longa que alguns minutos, uma conversa sobre tudo,
sobre nada.
Ela
gostava desses encontros em que precisava pensar a respeito da vida,
em que ela precisava pensar o que diria em seguida. Ou não. Deixar
os pensamentos criarem forma da maneira que mais lhe parecesse
agradável.
Ah,
que tesão quando as palavras simplesmente saiam desenfreadas, quando
seus pensamentos apenas criavam vida em sua língua e alçavam voo da
sua boca.
Ela
gostava desses encontros casuais com antigos estranhos e novos
conhecidos. Ela adorava poder escolher que parte de si revelar, ela
adorava poder ser quem queria.
A
cada encontro com um novo “quase amigo” ela mergulhava na
sensação que é ver uma pessoa se revelar
diante dos seus olhos. Ela gostava de tentar entender porque as
pessoas revelavam o que escolhiam revelar para ela. Gostava de tentar
ler as entrelinhas, escutar palavras não ditas.
Ela
adorava esses encontros.
Não
se incomodava em nunca mais ver aquela pessoa novamente. Guardava as
conversas num potinho de cristal. Talvez nunca mais fosse abrir
aquele potinho de novo, mas sentia-se maravilhosamente bem só de
saber que ele estava ali, que guardava ínfimos momentos que, por
alguns instantes, significaram tudo pra ela.
*Para fins de direitos autorais, declaro que as imagens utilizadas neste post não pertencem ao blog. Qualquer problema ou reclamação quanto aos direitos de imagem podem ser feitas diretamente com nosso contato. Atenderemos prontamente. Foto: gabrielleassaf.
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