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1 de nov. de 2016

Alento


Ela fechou os olhos
E acalmou seu coração
Tocou sua própria alma com as mãos nuas
Afagou as sombras
Beijou as feridas
Correu os dedos pelas cicatrizes
Soprou carinho
Sussurrou palavras dóceis
Aqueceu toda aquela tempestade interior
E com o tempo aquele cinza clareou
Pontos de luz começaram a brilhar
Uma doce melodia cantou tímida
E uma energia voltou a emanar
Era ela
Voltando a si
Aos poucos
Curando a si mesma
Cuidando de quem era
De quem sempre amou ser
Aquela parte pura de si havia se perdido
E agora voltava a brilhar
Porque ela só sabia amar
E naquele momento amava a si mesma
E não importava quantas vezes se quebrasse
Em quantos pedaços se partisse
Ela sempre voltaria a si
Porque era mais forte que aqueles que a marcavam
Ela era dela mesma
E que bênção é ser dona de si mesma
Em um mundo de almas perdidas
Ela abriu os olhos
E sorriu

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