Alento
Ela fechou os
olhos
E acalmou seu
coração
Tocou sua
própria alma com as mãos nuas
Afagou as
sombras
Beijou as
feridas
Correu os dedos
pelas cicatrizes
Soprou carinho
Sussurrou
palavras dóceis
Aqueceu toda
aquela tempestade interior
E com o tempo
aquele cinza clareou
Pontos de luz
começaram a brilhar
Uma doce melodia
cantou tímida
E uma energia
voltou a emanar
Era ela
Voltando a si
Aos poucos
Curando a si
mesma
Cuidando de quem
era
De quem sempre
amou ser
Aquela parte
pura de si havia se perdido
E agora voltava
a brilhar
Porque ela só
sabia amar
E naquele
momento amava a si mesma
E não importava
quantas vezes se quebrasse
Em quantos
pedaços se partisse
Ela sempre
voltaria a si
Porque era mais
forte que aqueles que a marcavam
Ela era dela
mesma
E que bênção é
ser dona de si mesma
Em um mundo de
almas perdidas
Ela abriu os
olhos
E sorriu
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