Hoje
estavam falando de você. Era uma dessas conversas cheias de risadas,
lembranças, companheirismo. Escutei seu nome, claro. Perguntaram se eu te
conhecia, estavam esperando histórias e recordações. Eles esperaram o que eu
iria dizer, acharam que eu iria começar a falar e não iria parar mais. Eu disse
que sim, eu te conheci. Não disse mais nada. Nem ousei dizer que ainda te
conhecia, deixei claro o verbo no passado.
Acho
que fiquei surpresa comigo mesma, normalmente deixo as lembranças falarem por
si só. A verdade é que eu não quis demonstrar o quanto você foi importante para
mim, não iria dar ao passado o gostinho de trazer aqueles sentimentos de volta.
São sentimentos que eu tentei enterrar, sabe?
Mas
estaria mentindo se dissesse que não me incomodou todo aquele silêncio. Eu
senti orgulho de mim, mas senti saudade. Saudade do de você, saudade de nós,
saudade de tudo que aconteceu. Senti saudade de mim, do que eu fui, do que eu
era.
Perguntaram
o que você era para mim. Normalmente eu teria feito uma piada estúpida, teria
uma resposta na ponta da língua. Mas naquele momento eu simplesmente respirei
fundo, engoli todas as malditas lembranças e disse: “Só um velho amigo”.
Olá!
ResponderExcluirSituações assim são ao mesmo tempo embaraçosas e nostálgicas. É difícil falar sobre alguém que já teve tanto significado em nossas vidas, mas que de repente desapareceu.
Adorei o textinho. beijo :)
eu-ludmilla.blogspot.com
Exatamente, faltam palavras e sobram lembranças, né? :(
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