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4 de ago. de 2016

Crítica (Sem Spoilers): Esquadrão Suicida


O filme mais esperado do ano finalmente chegou aos cinemas e, com pouco mais de alguns dias de exibição para a imprensa, já divide opiniões.

“Reuna um time dos super vilões mais perigosos já encarcerados, dê a eles o arsenal mais poderoso do qual o governo dispõe e os envie em missão para derrotar uma entidade enigmática e insuperável que a agente Amanda Waller (Viola Davis) concluiu que só pode ser vencida por indivíduos desprezíveis e com nada a perder. Quando os membros do improvável time percebem que não foram escolhidos para vencer, mas sim para falharem inevitavelmente, será que o Esquadrão Suicida decide ir até o fim tentando concluir a missão ou a partir daí é cada um por si?”

É inegável dizer que Esquadrão Suicida gerou uma expectativa gigantesca tanto por parte dos fãs de quadrinhos como pelo público geral que se interessou pela proposta vendida nos trailers extremamente bem feitos. A questão central é: o filme entrega o que promete? 
O filme começa com uma apresentação rápida sobre os vilões que compõem o Esquadrão Suicida e é um dos pontos altos do filme. Com uma música diferente a cada vilão, vemos como eles foram parar nas prisões, seus conflitos com quem os colocou lá e um pouco da história e personalidade excêntrica de cada um. As primeiras cenas do filme foram feitas especialmente para empolgar o expectador e isso funciona muito bem.
A trilha sonora é simplesmente sensacional. É, sem dúvidas, uma das melhores trilhas que já ouvi. As músicas são muito bem distribuídas ao longo do filme sem ficar algo enjoativo ou forçado demais. Além disso, a escolha das músicas para cada personagem, principalmente na parte das apresentações iniciais é uma ótima estratégia.
Os personagens são muito bons, com personalidades bem caricatas e existe realmente muita variedade. Infelizmente alguns ganham mais espaço de tela que outros, mas isso já era esperado, então não foi nenhuma surpresa. O ponto mais alto do filme é, sem dúvidas, Margot Robbie como Arlequina. A atriz incorpora muito bem o papel de uma vilã sensual e louca. Para interpretar a amante do Coringa é preciso realmente entender o papel e Margot teve uma atuação quase que perfeita. Will Smith está muito bom no papel de Pistoleiro, mas o ator não foge muito dos perfis que está acostumado a interpretar. Viola Davis também é uma atriz que consegue dar vida e personalidade ao papel de Amanda Waller.
Algumas das cenas mais legais de Esquadrão Suicida tem a relação da Arlequina e Coringa como fato principal. Além de algumas explicações envolvendo origem, as cenas conseguem transmitir a química do casal de um jeito muito crível e empolgante.
Gostei do fato do filme se passar num curto espaço de tempo, sem muita enrolação ou explicações desnecessárias. Mostra exatamente o propósito do filme. Esquadrão Suicida é muito autoexplicativo e não é preciso ser um fã alucinado dos quadrinhos para conseguir entender a trama ou se envolver com o desenvolvimento dos personagens.
Esquadrão Suicida não é um filme muito sombrio como o primeiro trailer fez parecer que é. Entretanto, também não é um filme muito cômico ou abusivo nas piadas. Arlequina é uma das principais responsáveis pelo alívio cômico do filme sem ficar muito enjoativo.
Acho que o principal motivo para as críticas negativas foi a expectativa gerada pelos trailers. O que acaba sendo ruim porque limita em muito o fator surpresa e espontaneidade. O filme é o que se passa nos trailers. Sim, Esquadrão Suicida entrega o que promete, mas nada mais que isso. O filme não correspondeu às minhas expectativas que eram muito elevadas, mas também não foi uma decepção. O Coringa aparece ao longo de todo trailer, o que não acontece no filme, suas participações são pontuais e dá para perceber que várias cenas foram cortadas na edição final. O filme não é um filme do Coringa, ele não passa de um mero coadjuvante. Talvez tenha sido por isso que o longa foi recebido de forma tão negativa por parte da crítica.
Jared Leto como Coringa é uma questão interessante. É muito difícil comparar sua atuação com a lendária de Heath Ledger pelo simples fato de que os dois coringas são extremamente diferentes. Não chega a ser justo compará-los. O Coringa de Heath é um homem extremamente sombrio, perdido em si e cheio de ódio. Já o personagem interpretado por Leto é um Coringa mais gângster (como é mostrado de forma explícita nos trailers) e extremamente louco. Também é difícil avaliar a atuação de Jared levando em conta o curto tempo que ele aparece na telona. Achei que ele não ficou devendo muito, mas gostaria de ter visto mais.
Um ponto negativo do filme foi o vilão escolhido. Fiquei extremamente incomodada com a razão de todo o problema, não vi muito sentido nas escolhas feitas e com o desenrolar da trama em cima disso. Também achei a solução de tudo muito rápida. Além disso, faltou certa química entre os vilões do Esquadrão. Talvez tenha sido pelo curto espaço de tempo no qual o filme acontece, mas o enredo pecou em não explorar de forma mais convincente a aproximação dos personagens. A química entre o Pistoleiro e Arlequina é uma das únicas que realmente parece original.
O filme possui uma cena pós-créditos no estilo Marvel (fãs da DC, me perdoem pela referência) claramente feita para os fãs. A cena é legal, é empolgante, vale a pena ficar para assistir.
Apesar das críticas, o filme me agradou muito, me divertiu e cumpriu seu papel; entregou vilões caricatos, diferentes e muito divertidos, cada um com sua complexidade individual. Assistiria ao filme de novo facilmente, sem dúvidas. É um filme que vale a pena assistir, mesmo que não seja o melhor do ano.


País: EUA
Classificação: 12 anos
Estreia: 4 de Agosto de 2016
Duração: 130 min
Direção: David Ayer
Roteiro: David Ayer
Elenco: Margot Robbie, Jared Leto, Jai Courtney, Will Smith, Cara Delevingne, Viola Davis



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Ficou com vontade de assistir o filme ou gostou da resenha? Então corre para os cinemas e não se esqueça de me contar o que achou. Já assistiu o filme? Não deixe de compartilhar a sua opinião aqui em baixo!

11 comentários:

  1. Oiii!
    Eu ia assistir com meu namorado, mas como ele ganhou ingressos para a pré-estreia acabou indo sozinho. Acho que vou acabar indo com uns amigos.

    Bjos
    http://eu-ludmilla.blogspot.com/

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  2. Estou ansiosa pra assistir !! Não sou muito exigente com questão filme , acredito que vá superar minhas expectativas ♥ beijos beijos

    www.cheiadeinvencao.com

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  3. Eu adorei o filme mas também acho que não correspondeu as minhas expectativas. Uma das coisas que me incomodou muito foi o fato de as vezes parecer que apenas a Margot e o Will Smith falaram no filme todo.
    Queria muito ter visto mais do Jared, acho que ele poderia realmente oferecer uma recriação interessante do Coringa.
    Beijão

    querosermiranda.blogspot.com.br

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    Respostas
    1. Sim, também fiquei com essa impressão. Mas acho que isso tem muito a ver com o peso dos dois atores, sabe? Também queria ver mais do Jared, ficou aquele gostinho de quero mais. Espero que dê pra ver mais num futuro filme do Coringa, quem sabe?

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  4. Me parece muito interessante os filmes por que podemos encontrar de diferentes gêneros. De forma interessante, o criador optou por inserir uma cena de abertura com personagens novos, o que acaba sendo um choque para o espectador. Desde que vi o elenco de Esquadrão Suicida imaginei que seria uma grande produção, já que tem a participação de atores muito reconhecidos, pessoalmente eu irei ver por causo do ator Jared Leto, é muito comprometido. Ele recentemente atuou em Blade Runner 2049. É um dos melhores Ficção Cientifica Filmes, e vale muito la pena ver, os recomendo muito.

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