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30 de ago. de 2016

Crítica (Sem Spoilers): Águas rasas


Adoro filmes de suspense, ainda mais quando te fazem ficar grudada na cadeira do cinema sem conseguir respirar direito. Águas rasas fez exatamente isso comigo. É um filme que tem tudo para ser mais um clichê e surpreende com uma personagem inteligente e marcante.

“Nancy está surfando em uma praia isolada quando se vê presa em uma boia a vinte metros da margem. A dificuldade em sair dali apenas cresce quando percebe que está sendo vigiada por um tubarão branco.”

Blake Lively me surpreendeu como Nancy. Não estava acostumada a vê-la em um papel tão dramático e exigente e ela conseguiu entregar uma ótima atuação e uma personagem bem marcante. Nancy se sente perdida após a morte de sua mãe e decide viajar até o México para conhecer uma praia secreta, um lugar mágico para sua mãe que descobriu ali que estava grávida. Em pouco tempo ela percebe que aquela praia não é tão paradisíaca quanto parece ser.
Nancy é doce, muito corajosa e extremamente inteligente. Essa última foi a característica que mais se exalta ao longo do filme, ela faz coisas que jamais passariam pela minha cabeça em uma situação tão crítica em que é preciso tirar proveito do instinto de sobrevivência e de um pensamento rápido e analítico. Uma das coisas que mais me incomodam em filmes de suspense, são personagens irreais com atitudes claramente estúpidas, o que praticamente não acontece ao longo do filme. Isso faz com que Águas Rasas não se torne monótono, muito pelo contrário.
Águas rasas vai direto ao ponto, diferente de filmes clássicos do mesmo estilo como Tubarão que demoram certo tempo para apresentar cenas de ação ou momentos em que algo assustador acontece. Águas rasas, ao contrário do clássico, não constrói uma história cheia de diálogos, com vários personagens e cenários. Uma pequena e rápida introdução situa a personagem de Blake na história e o filme não demora para preparar o terreno com um suspense crescente. O filme se passa todo em um curto espaço de tempo e apenas em um lugar, o que contribui para que o suspense seja ainda mais eletrizante. Águas rasas é bem real na medida do possível e mantém o suspense do início ao fim, é impossível ficar calmo em meio ao terror sofrido por Nancy. É um filme para ficar sem respirar direito, com os olhos grudados na tela sem piscar.
Minha única crítica diz respeito ao final do filme, fiquei com a impressão de que a última cena foi escrita de forma muito rápida e só para concluir a história com alguma explicação. Por mais que a conclusão tenha sido boa, senti que faltou alguma coisa.
Águas rasas é uma excelente pedida para quem é fã de um bom suspense e de uma história eletrizante. Os roteiristas souberam trabalhar muito bem o curto espaço de tempo da história e criar um enredo que funciona, é aquele filme pra assistir várias vezes.

País: EUA
Classificação: 14 anos
Estreia: 25 de Agosto de 2016
Duração: 102 min.
Direção: Jaume Collet-Serra
Roteiro: Anthony Jaswinski
Elenco: Blake Lively , Óscar Jaenada



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