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3 de jul. de 2016

Resenha (Sem Spoilers): Procurando Dory

E 13 anos depois do sucesso incrível de Procurando Nemo, podemos ir ao cinema matar um pouquinho da saudade dos peixinhos mais apaixonantes da Pixar. Procurando Dory é uma das promessas da Pixar e dos estúdios Disney para 2016 e um pequeno bálsamo para aqueles fãs nostálgicos que estavam morrendo por uma chance de matar a saudade de um clássico da infância.

O filme reúne o favorito de todos, o esquecido peixinho tang azul Dory, com seus amigos Nemo e Marlin em uma busca por respostas sobre o seu passado. O que ela consegue se lembrar? Quem são seus pais? E onde ela aprendeu a falar Baleiês?

Fui ao cinema extremamente animada e esperançosa como não ia em muito tempo. Após aquele susto inicial de saber que um dos maiores clássicos infantis da Pixar teria uma continuação, fui de coração aberto para conhecer essa nova história. Estava extremamente curiosa sobre como os roteiristas poderiam continuar uma história que tinha terminado da forma mais redondinha de todas. Mas a verdade é que Procurando Dory é mais um spin-off do que um Procurando Nemo 2.

O filme mostra como os personagens estão um ano após terem cruzado o oceano atrás do pequenino Nemo, mas não se preocupa em continuar a história dos peixe-palhaço. Ao contrário do que promete o título do filme, a história é voltada para Dory procurando seus pais e a si mesma, é uma busca ao seu passado e suas origens turvas.

O filme parece mais ter sido feito para matar uma saudade dos fãs originais do que para conquistar uma nova geração, apesar de esse ser um objetivo inevitável. Procurando Dory traz inúmeras explicações para os fãs do clássico. Como a Dory aprendeu a falar baleiês, a origem do seu mantra "continue a nadar" e outras de suas pérolas são explicadas e apresentadas, além de aparições de alguns dos personagens favoritos.

O filme não estraga o primeiro, como era um dos meus medos como fã de carteirinha de Procurando Nemo. Mas também não se compara ao original. Procurando Nemo, vencedor de um prêmio Oscar e queridinho de uma geração, tem seu sucesso todo por um motivo. Procurando Nemo é um filme fácil de digerir, engraçadíssimo na medida certa e simplesmente especial como só quem já conhece vai entender. Procurando Dory é um filme que passa uma carga um pouco mais pesada. Dory sofre na grande parte do filme por conta de sua perda de memória e isso começa a afetar sua personalidade antes inatingível. Enquanto no primeiro filme essa doença é tratada com humor, em Procurando Dory ela deixa de ser motivo de piada para se tornar um sofrimento constante para a peixinha e se torna seu maior desejo de superação. É inspirador e emocionante, mas não tão gostoso de assistir quanto o primeiro. Enquanto tenho vontade de reassistir Procurando Nemo inúmeras vezes, Procurando Dory não é um filme que eu assistiria mais que duas vezes, por melhor que tenha sido.

A Pixar tem uma característica que exerce com maestria. Faz filmes infantis com vários ensinamentos adultos e reflexões para todas as idades. E os últimos filmes da Pixar parecem abordar cada vez mais uma temática adulta em filmes pra crianças. É o exemplo do sucesso Divertida Mente (um dos melhores filmes da Pixar, na minha opinião) que aborda a depressão de uma forma sutil e extremamente didática. Por conta dessa característica crescente e cada vez mais marcada, ao contrário do primeiro, não acho que Procurando Dory seja aquele filme perfeito para crianças. Apesar dos personagens caricatos e chamativos e dos cenários coloridos e incríveis, é um filme mais dramático do que cômico, o que talvez possa impedir a criançada de ficar grudada na telona como aconteceu com Procurando Nemo.

A continuação foi feita de forma perfeita para matar a saudade de quem já é fã de Procurando Nemo e divertir aqueles que estão conhecendo esse universo agora. O filme ganha mais pelos personagens e pela nostalgia do que pela história em si que foi um pouco fraca e dramática.

Minhas quatro estrelas para o filme se dão para os personagens como sempre muito bem elaborados e trabalhados - característica clássica dos filmes da Pixar - e para o sentimento de nostalgia que foi muito bem saciado sem interferir em nada na história do primeiro filme. Hank e Geraldo foram os alívios cômicos certeiros do filme, mas Destiny, a baleia e Charlie, o golfinho, também foram pontos positivios muito fortes. A trilha sonora não deixa a desejar, como sempre, e a dublagem está maravilhosa, digna de um filme da Pixar. Foi um filme ótimo para gerar aquela expectativa boa e sair da sala do cinema com aquele calorzinho no peito de quem pôde voltar a ser criança de novo.


País: EUA
Classificação: livre
Estreia: 30 de Junho de 2016
Duração: 95 min.
Direção: Andrew Stanton
Roteiro: Andrew Stanton
Elenco: Ellen DeGeneres , Albert Brooks , Idris Elba , Kate McKinnon , Bill Hader , Dominic West , Diane Keaton


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Ficou com vontade de assistir o filme ou gostou da resenha? Então corre para os cinemas e não se esqueça de me contar o que achou. Já assistiu o filme? Não deixe de compartilhar a sua opinião aqui em baixo!

8 comentários:

  1. ai meu coraçãozinho ♥ tô ansiosa mil para ver esse filme. Adorei a resenha :)

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  2. Eu quero muuuuito assistir ao filme, parece ser muito fofo <3
    Adorei a resenha, principalmente o fato de ser sem spoliers, heheh
    Beijo!

    Sorriso Espontâneo

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    Respostas
    1. Muito obrigada, Betânia! Sempre escrevo sem spoilers pra não estragar a diversão de ninguém, assim todo mundo pode ler o post tranquilo <3

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  3. Sua resenha está incrível e me deixou mais curiosa ainda para assistir! Também acho incrível os filmes da Pixar, não deixam falha em nenhum sentido.
    https://borboletanoestomagoblog.wordpress.com/

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    1. Fico muito feliz que tenha gostado! Espero que ame o filme <3

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