Resenha (Sem Spoilers): Procurando Dory
E 13
anos depois do sucesso incrível de Procurando Nemo, podemos ir ao cinema matar
um pouquinho da saudade dos peixinhos mais apaixonantes da Pixar. Procurando
Dory é uma das promessas da Pixar e dos estúdios Disney para 2016 e um pequeno
bálsamo para aqueles fãs nostálgicos que estavam morrendo por uma chance de
matar a saudade de um clássico da infância.
O filme reúne o favorito de todos, o
esquecido peixinho tang azul Dory, com seus amigos Nemo e Marlin em uma busca
por respostas sobre o seu passado. O que ela consegue se lembrar? Quem são seus
pais? E onde ela aprendeu a falar Baleiês?
Fui
ao cinema extremamente animada e esperançosa como não ia em muito tempo. Após
aquele susto inicial de saber que um dos maiores clássicos infantis da Pixar
teria uma continuação, fui de coração aberto para conhecer essa nova história.
Estava extremamente curiosa sobre como os roteiristas poderiam continuar uma
história que tinha terminado da forma mais redondinha de todas. Mas a verdade é
que Procurando Dory é mais um spin-off do que um Procurando Nemo 2.
O
filme mostra como os personagens estão um ano após terem cruzado o oceano atrás
do pequenino Nemo, mas não se preocupa em continuar a história dos
peixe-palhaço. Ao contrário do que promete o título do filme, a história é
voltada para Dory procurando seus pais e a si mesma, é uma busca ao seu passado
e suas origens turvas.
O
filme parece mais ter sido feito para matar uma saudade dos fãs originais do
que para conquistar uma nova geração, apesar de esse ser um objetivo
inevitável. Procurando Dory traz inúmeras explicações para os fãs do clássico.
Como a Dory aprendeu a falar baleiês, a origem do seu mantra "continue a
nadar" e outras de suas pérolas são explicadas e apresentadas, além de
aparições de alguns dos personagens favoritos.
O
filme não estraga o primeiro, como era um dos meus medos como fã de carteirinha
de Procurando Nemo. Mas também não se compara ao original. Procurando Nemo,
vencedor de um prêmio Oscar e queridinho de uma geração, tem seu sucesso todo
por um motivo. Procurando Nemo é um filme fácil de digerir, engraçadíssimo na
medida certa e simplesmente especial como só quem já conhece vai entender.
Procurando Dory é um filme que passa uma carga um pouco mais pesada. Dory sofre
na grande parte do filme por conta de sua perda de memória e isso começa a
afetar sua personalidade antes inatingível. Enquanto no primeiro filme essa
doença é tratada com humor, em Procurando Dory ela deixa de ser motivo de piada
para se tornar um sofrimento constante para a peixinha e se torna seu maior
desejo de superação. É inspirador e emocionante, mas não tão gostoso de
assistir quanto o primeiro. Enquanto tenho vontade de reassistir Procurando
Nemo inúmeras vezes, Procurando Dory não é um filme que eu assistiria mais que
duas vezes, por melhor que tenha sido.
A
Pixar tem uma característica que exerce com maestria. Faz filmes infantis com
vários ensinamentos adultos e reflexões para todas as idades. E os últimos
filmes da Pixar parecem abordar cada vez mais uma temática adulta em filmes pra
crianças. É o exemplo do sucesso Divertida Mente (um dos melhores filmes da
Pixar, na minha opinião) que aborda a depressão de uma forma sutil e
extremamente didática. Por conta dessa característica crescente e cada vez mais
marcada, ao contrário do primeiro, não acho que Procurando Dory seja aquele
filme perfeito para crianças. Apesar dos personagens caricatos e chamativos e
dos cenários coloridos e incríveis, é um filme mais dramático do que cômico, o
que talvez possa impedir a criançada de ficar grudada na telona como aconteceu
com Procurando Nemo.
A continuação
foi feita de forma perfeita para matar a saudade de quem já é fã de Procurando
Nemo e divertir aqueles que estão conhecendo esse universo agora. O filme ganha
mais pelos personagens e pela nostalgia do que pela história em si que foi um
pouco fraca e dramática.
Minhas
quatro estrelas para o filme se dão para os personagens como sempre muito bem
elaborados e trabalhados - característica clássica dos filmes da Pixar - e para
o sentimento de nostalgia que foi muito bem saciado sem interferir em nada na
história do primeiro filme. Hank e Geraldo foram os alívios cômicos certeiros
do filme, mas Destiny, a baleia e Charlie, o golfinho, também foram pontos
positivios muito fortes. A trilha sonora não deixa a desejar, como sempre, e a
dublagem está maravilhosa, digna de um filme da Pixar. Foi um filme ótimo para
gerar aquela expectativa boa e sair da sala do cinema com aquele calorzinho no
peito de quem pôde voltar a ser criança de novo.
País: EUA
Classificação: livre
Estreia: 30 de Junho de 2016
Duração: 95 min.
Direção: Andrew Stanton
Roteiro: Andrew Stanton
Elenco:
Ellen DeGeneres , Albert Brooks , Idris Elba , Kate McKinnon , Bill Hader ,
Dominic West , Diane Keaton
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Ficou com vontade de assistir o filme ou gostou da resenha? Então
corre para os cinemas e não se esqueça de me contar o que achou. Já assistiu o
filme? Não deixe de compartilhar a sua opinião aqui em baixo!
8 comments
ai meu coraçãozinho ♥ tô ansiosa mil para ver esse filme. Adorei a resenha :)
ResponderExcluirÉ muito bom, Mafê! Vale a pena demais <3
ExcluirEu quero muuuuito assistir ao filme, parece ser muito fofo <3
ResponderExcluirAdorei a resenha, principalmente o fato de ser sem spoliers, heheh
Beijo!
Sorriso Espontâneo
Muito obrigada, Betânia! Sempre escrevo sem spoilers pra não estragar a diversão de ninguém, assim todo mundo pode ler o post tranquilo <3
ExcluirQueremos muito muito ver flor ♥ ♥
ResponderExcluirBeijos
Vou Arrasar
E aí? Assistiu? O que achou? <3
ExcluirSua resenha está incrível e me deixou mais curiosa ainda para assistir! Também acho incrível os filmes da Pixar, não deixam falha em nenhum sentido.
ResponderExcluirhttps://borboletanoestomagoblog.wordpress.com/
Fico muito feliz que tenha gostado! Espero que ame o filme <3
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