Em uma de minhas manhã de férias comecei a ler A última
carta de amor e só consegui largar o livro deois de passar a última página até
finalmente fechá-lo. Não sei ao certo se foi devido à minha folga ou à narrativa
envolvente de Jojo, mas devorei A última carta de amor de uma vez. É uma
daquelas histórias de amor que nos marcam da maneira mais surpreendente e
deliciosa possível.
“Estarei na Plataforma 4, às 19h45,
sexta-feira à noite, e nada no mundo me faria mais feliz do que você encontrar
coragem para vir comigo.
Saiba que você tem meu coração, minhas
esperanças, em suas mãos.
Seu, B.”
A princípio, A
última carta de amor não me chamou muito a atenção. Estava quase certa de
que o livro não me surpreenderia muito, já tinha todo um enredo clichê montado
na minha cabeça. Entretanto, toda a minha certeza foi se desfazendo com cada
página que eu passava, e a história que eu tinha certeza de que seria fraca e
suave foi se tornando um conflito de emoções e um amor atormentado pela vida.
O começo de A última carta de amor não se difere muito
dos outros dois livros da autora que ocupam um espaço na minha estante. Assim
como Um mais um e Baía da esperança, o começo do livro possui um ritmo mais
lento, ainda não é possível mergulhar no universo criado por Jojo Moyes. Como
se estivéssemos assistindo ao começo de um filme, a autora prepara o terreno
para construir uma narrativa muito bem elaborada, pensada nos detalhes e,
invariavelmente, surpreendente.
A história começa nos dias atuais com Ellie Haworth, uma
jornalista que vive um momento crucial em sua carreira e uma situação mais
delicada ainda ao se ver envolvida e apaixonada há mais de um ano por um homem
casado sem pretenções de largar a esposa. Em busca da matéria que salvará sua
carreira, ela encontra uma carta esquecida há mais de quarenta anos. Uma carta de
amor que se perdeu no tempo.
Logo somos transportados até 1960 onde conhecemos
Jennifer Stirling, uma mulher casada que acaba de acordar de um acidente de
carro e não faz ideia do que aconteceu. Jennifer praticamente não se lembra de
sua vida e tem dificuldades em sentir qualquer coisa pelo homem ao lado de sua
cama que alega ser seu marido. Quando ela volta para casa e encontra uma carta
escondida dentro de um de seus livros, ela percebe que precisa juntar as peças
do quebra-cabeça que toma conta de sua vida, caso contrário ela pode nunca
encontrar a verdade de quem é e quem verdadeiramente ama.
Jojo Moyes sempre me surpreende. Cada vez que começo a
ler um de seus livros, nunca coloco muitas expectativas, mas posso dizer que me
enganei mais uma vez. E que engano.
A última carta de amor é, indiscutivelmente, um dos
melhores livros de Jojo. De uma simplicidade tocante e narrativa genial, Jojo
consegue surpreender o leitor com uma incrível e honesta história de amor. A
autora sabe como ninguém transportar o leitor para dentro de suas histórias.
Seus personagens são muito bem trabalhados e humanizados. Jojo não e preocupa
em criar contos de fadas, seus heróis são sempre os mais humanos e
deliciosamente reais que ela poderia escrever. Com todos os defeitos e
qualidades dignos de criaturas apaixonadas, Jojo consegue fazer o leitor
acreditar naquilo que lê. E isso é um dom extraordinário.
“Cada
capítulo deste livro é iniciado por uma últim carta, um último e-mail ou outra
forma de correspondência da vida real, à parte aquela que é tirada da trama do
livro.” É uma ideia brilhante que, além de dar fôlego para a leitura, torna
toda a narrativa mais real e palpável.
A
última carta de amor atravessa gêneros e gerações, qualquer um que tenha uma
queda por uma tocante história de amor, encontrará no livro de Jojo Moyes, um
consolo muito bem-vindo.
A
última carta de amor mostra como um grande e verdadeiro romance não se baseia
em finais felizes, mas sim na total e absoluta entrega entre dois amantes que
se encontraram da forma mais pura um nos braços do outro.
A última carta de amor foi escrito por Jojo Moyes e publicado pela editora Intrínseca.
Classificação: 4/5
estrelas.
“- Tenho
medo do que sinto por você. Tenho medo de amar tanto alguém. – Sua voz falhou.
Ela dobrou o guardanapo de coquetel, torcendo-o entre os dedos finos. – Eu amo
Larry, mas não dessa forma. Já gostei dele e já o desprezei, e a maior parte do
tempo a gente se dá razoavelmente bem e já me adaptei que posso viver assim.
Entende? Sei que posso viver assim pelo resto da vida e não vai ser muito ruim.
Muitas mulheres estão em situação pior.
- E
comigo?
Ela
custou tanto a responder que ele quase repetiu a pergunta.
- Se eu
me permitisse amar você, isso me consumiria. Só existiria você. Eu viveria com
medo de que você pudesse mudar de ideia. E, se isso acontecesse, eu morreria.
Ele pegou
as mãos dela, levou-as aos labios, ignorando os protestos sussurrados. Beijou a
ponta de seus dedos. Queria levar todo o ser dela para dentro dele. Queria
envolvê-la e nunca soltá-la.
- Eu amo
você, Jennifer – disse. – Nunca vou deixar de amá-la. Nunca amei ninguém antes
de você e nunca haverá ninguém depois.
- Você
diz isso agora – retrucou ela.
- Por que
é verdade.”
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Comprei este livro em uma promoção faz um tempão e está lá parado na minha estante, mas sua resenha me animou a ler, acho que vou pegá-lo para ler logo :D
ResponderExcluirwww.eucurtoliteratura.com
Vale muito a pena tirá-lo da estante pra ler, de verdade <3
Excluirganhei esse livro tem bastante tempo. sempre tentei ler mas a leitura nao me deixa instigada, agora vim atras de resenhas para conseguir ler novamente. adoreii a resenha daqui um tempo volto e dou minha opinião sobre o livro.
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