Alguns
livros, assim como pessoas, surgem como quem não quer nada e acabam te
conquistando de vez. Estava fazendo minhas compras literárias quase quinzenais
na Saraiva, e “Real” apareceu nas sugestões. A capa, claro, já me conquistou, e
quando li a sinopse fui atraída por Remy, o típico herói que adoro.
“Remington
Tate tem a reputação de ser um bad boy, dentro e fora. É conhecido também pelo
corpo escultural e pelo poder, sexy e selvagem, que emana de cada gota de suor,
levando toda e qualquer mulher que o veja a um verdadeiro frenesi. Em seus
olhos, brilha um desejo brutal, devastador e real. Brooke, uma especialista em
fisioterapia esportiva, é contratada para manter aquele corpo funcionando como
uma máquina mortal. Esse parecia ser seu emprego dos sonhos, mas, ao circular
pelo perigoso circuito de lutas clandestinas com Tate e sua equipe, Brooke
passa a ser dominada por um novo sentimento, um fogo e uma necessidade com os
quais ela não sabe lidar. O que começa com um simples flerte pode virar uma
obsessão sexual incontrolável. Terríveis segredos serão revelados, e Brooke
deverá lutar para manter-se sã, discernindo o que há de real e o que é pura
ilusão em seus próprios sentimentos.”
Gosto
de histórias que começam rápido, que te prendem desde o começo, principalmente
romances. Para uma história começar devagar e ir se desenrolando aos poucos, o
autor precisa ser fantástico para conseguir te prender, e na maioria das vezes
isso dá errado e acabo ficando desinteressada bem rápido. Por isso, quando uma
narrativa como a de Real aparece, fico bem mais tranquila. A narrativa de Tate
e Brooke já começa eletrizante e cativante, os traços da personalidade difícil
de Remy já são vistos em sua primeira fala.
A
história se desenvolve bem rapidamente, sem muitos problemas a princípio. Desde
o começo, Remy se mostra um homem difícil de lidar, quase uma fera impossível
de ser domada. Ele não costuma falar muito de si mesmo e é bem fechado em sua
própria violência e escuridão. Já Brooke é mais alegre, aberta e disponível
para as pessoas. Ela sabe o que quer da vida e não se fecha em um grupo pequeno
de pessoas. É determinada e corajosa, a vida não lhe foi muito amiga.
Desde
o primeiro encontro cara a cara, você sabe que a história de Remington e Brooke
será avassaladora. Remington precisa de Brooke praticamente 24 horas por dia e
sua obsessão só cresce na medida em que os dois personagens vão se conhecendo
melhor e se aproximando mais. Enquanto ele vai se mostrando possessivo,
charmoso e extremamente intenso, Brooke se revela encantadora, engraçada e
apaixonada.
Brooke
se sente cada vez mais atraída pelo cometa Remington e descobre porque ele é
mesmo chamado de Arrebentador. A cada cidade que ela viaja com ele na turnê ela
se vê mais atraída por Remy e, inevitavelmente, apaixonada. Remington também
não consegue deixar de demonstrar seu carinho por Brooke, e a atração mútua que
eles sentem um pelo outro pode mudar todo o jogo.
A
história tem um potencial enorme e me prendeu desde a primeira página. Li o livro
em pouco mais de um dia e, assim que terminei, procurei logo a continuação para
comprar. Katy Evans é uma boa escritora, apesar de se prender de vez em quando
a termos um tanto quanto infantis e pensamentos não muito maduros da parte de
Brooke – o livro é narrado em primeira pessoa pela nossa heroína. A narrativa é
um pouco voltada demais para a atração que Brooke sente por Remy e senti falta
de alguns diálogos mais coerentes. Mas estaria mentindo se dissesse que isso
atrapalhou a minha leitura. A narrativa se desenvolve bem rapidamente, a autora
não se prende muito a eventos insignificantes ou diálogos desnecessários.
O
final é de partir o coração, só digo isso. Tanto positiva, quanto
negativamente. Remington é, de fato, um homem com H maiúsculo que sabe cuidar
de sua mulher e do que é dele. Ao longo da leitura, os personagens citam muitas
músicas que, para o meu alívio, a autoria citou em forma de lista no começo do
livro. Acho isso um bônus e algumas das canções são ótimas, principalmente a “All I Wanna Do Is Make Love To You” da
banda Heart, que eu já conhecia na voz da banda Halestorm. Iris, da banda Goo Goo Dolls – com certeza adorada por muita gente
– é a trilha sonora da história de Remy e Brooke.
Real
entrou na minha lista de queridinhos pela surpresa com que a narrativa me
prendeu e pelo modo como Remy me cativou. Não consegui largar o livro até virar
a última página e isso significa alguma coisa. Para aqueles que procuram um
romance que prenda, com um herói imperfeito e intenso, Real é a pedida certa.
Real foi escrito
por Katy Evans e publicado no Brasil
pela editora Novo Século..
Classificação: 5/5
estrelas.
“- Mas o que... –
suspiro em confusão, e depois olho para um peito masculino suado, e ergo a
vista para aqueles olhos azuis brilhantes. Meus sentidos quase ficam fora de
controle. Ele está tão perto que seu cheiro se embrenha em meu corpo como uma
injeção de adrenalina.
- Seu nome – ele
rosna, ofegante, os olhos selvagens presos nos meus.
- Hã... Brooke.
- Brooke o quê? –
ele devolve, as narinas dilatadas.
Seu magnetismo
animal é tão poderoso que acho que ele roubou a minha voz. Ele está no meu
espaço pessoal, tomado posse dele, me absorvendo, roubando meu oxigênio, e não
consigo entender a forma como o meu coração está batendo, a maneira como estou
aqui, tremendo com o calor, meu corpo inteiro focado no lugar exato em que sua
mão está envolvendo a minha.”
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Com muita vontade de ler *_* adorei sua resenha
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