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Nostalgia Cinza


 Muitos livros, filmes, contos de fadas se passam na neve e no inverno. O inverno tem uma áurea de magia, de sombrio, mas é também uma época extremamente simbólica e potente. Sou uma pessoa que segue muito os rituais da roda do ano, então as estações e seus simbolismos me pegam muito. Por isso me senti tão conectada com Inverno da Alma. 

A Katherine May traz curiosidades sobre as mais diversas camadas do inverno. Desde o funcionamento das folhas no hemisfério norte que mudam de cor com as estações, o trabalho de animais como abelhas e formigas que se preparam para os meses mais frios do ano, o comportamento de lobos. E tudo sempre trazendo pra si porque ela mergulhou no inverno por causa de momentos bem profundos que ela mesma estava passando.

Eu sou apaixonada por tentar entender um pouco como as pessoas enxergam o mundo e a vida. E Inverno da Alma navega pelo olhar sensível e apurado da autora. Os capítulos são divididos em meses do ano e eu adorei essa estratégia porque o inverno, talvez mais que qualquer estação, ensina sobre a passagem do tempo.

A Katherine May usa o exemplo do inverno, com todos os dados, referências, que eu comentei, pra falar sobre um inverno metafórico que acontece com a gente em diversos momentos da vida. Talvez as pessoas com útero consigam perceber melhor esses invernos pelos ciclos do próprio corpo, mas vale pra todo mundo que tenha uma mínima sensibilidade pra perceber mudanças sutis

Gosto de pensar sempre que o micro é uma representação do macro e que o macro se faz presente na percepção do micro. Da mesma forma como as estações mudam e isso impacta todas as formas de vida, quando a gente se permite perceber as mudanças sutis que acontecem com a gente, também podemos transformar nossa relação com a vida. E sinto que o livro é muito sobre isso. Um convite para acolhermos nossos ciclos e nos permitirmos enxergar beleza principalmente nos momentos de introspecção, de recolhimento, enfim, nos nossos invernos.

O engraçado é que o livro traz exatamente a sensação da estação e do período sobre o qual ele fala. Parece que você está sentada, debaixo das cobertas, trocando ideia com uma conhecida que pode vir a se tornar uma amiga. Aquele momento em que você se permite compartilhar algo com alguém de um jeito diferente ao mesmo tempo em que se permite ruminar alguns pensamentos e sentimentos adormecidos, sabe? 

O inverno como estação tá chegando ao fim pra gente aqui no hemisfério sul, mas quem sabe você, assim como eu, esteja vivendo um inverno pessoal por aí. Fica a dica de, assim como Katherine May sugere ao longo do livro todo, se recolher e silenciar. Observar. Se quiser fazer isso tendo Inverno da Alma como companhia, acho que vai ser uma bela escolha. Saiba mais sobre o livro aqui e garanta seu exemplar. 

Gosta do meu trabalho e quer apoiar de alguma forma? Conheça meu projeto no Catarse! Com esse apoio mensal é possível cobrir alguns custos para manter o trabalho, investir em equipamentos novos, pagar algumas continhas e dedicar mais tempo aos livros que tanto amo e quero apresentar para vocês ♥

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As Bruxas da Noite foram mulheres corajosas que fizeram parte do Regimento Aéreo Feminino Russo Durante a Segunda Guerra Mundial, mas tiveram suas histórias praticamente apagadas. 

Durante o desafio "uma bruxa por mês", um projetinho que criei lá pro canal do YouTube em que comento a representação da figura da bruxa na literatura, me deparei com a história fantástica dessas mulheres. Registrei minha experiência lendo o livro em um vlog, espero que goste. E se quiser saber mais sobre o livro que conta a história delas, confira Bruxas da Noite: A História não Contada do Regimento Aéreo Feminino Russo Durante a Segunda Guerra Mundial.

"A jornalista italiana e escritora premiada, Ritanna Armeni, reconstrói a história de um grupo de mulheres soviéticas fiéis à sua pátria: as aviadoras do 588º Regimento de Bombardeio Aéreo Noturno Soviético. Com um importante papel de liderança durante as batalhas contra o Terceiro Reich, elas prejudicavam e muito a vida dos alemães durante a Segunda Guerra Mundial, aparecendo nos céus carregadas de bombas. Os nazistas as chamavam de “bruxas da noite”. A autora revela informações sobre a criação, a luta e as vitórias dessas mulheres que foram apagadas da história após o declínio de suas carreiras como aviadoras devido ao conservadorismo e preconceito do Estado Soviético."

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Um livro sobre a evolução dos livros, um passeio pela trajetória do artefato fascinante que inventamos para que as palavras pudessem ser transportadas pelo espaço e pelo tempo. Falei um pouco sobre O Infinito em um Junco, uma das minhas leituras favoritas do ano e uma recomendação certeira para quem quer aprender mais sobre os livros 📖✍🏻

"Um livro sobre a evolução dos livros, um passeio pela trajetória desse artefato fascinante que inventamos para que as palavras pudessem ser transportadas pelo espaço e pelo tempo: O infinito em um junco conta a história desse objeto desde sua criação, milênios atrás, passando por todos os modelos e formatos que testamos ao longo da jornada humana.

A obra de Irene Vallejo é também sobre viagens e diferentes lugares. Uma rota com paradas nos campos de batalha de Alexandre, o Grande, e na Vila dos Papiros sepultada pelas lavas do Vesúvio, nos palácios de Cleópatra e na cena do crime de Hipátia, nas primeiras livrarias e nas oficinas de cópia manuscrita, nas fogueiras em que eram queimados códices proibidos, no gulag, na Biblioteca de Sarajevo e no labirinto subterrâneo de Oxford no ano 2000. Um fio que une os clássicos ao mundo contemporâneo, conectando-os aos debates atuais: Aristófanes e os processos judiciais contra os humoristas, Safo e a voz literária das mulheres, Tito Lívio e o fenômeno dos fãs, Sêneca e a pós-verdade.

Acima de tudo, esta é uma fabulosa aventura coletiva protagonizada por milhares de pessoas que, ao longo do tempo, protegeram e tornaram o livro possível: contadores de histórias, escribas, iluminadores, tradutores, vendedores ambulantes, professores, sábios, espiões, rebeldes, freiras, aventureiros; leitores de todos os cantos, nas capitais onde se concentra o poder e nas regiões mais remotas, onde o conhecimento se refugia em tempos de caos. Pessoas comuns cujos nomes muitas vezes são apagados da história; gente que salva essas fontes de memória, os verdadeiros protagonistas desta obra."


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Foto de Ines Sayadi na Unsplash

Por que os livros estão ficando tão caros? Por que existe diferença entre preços de ebooks e livros físicos? O valor que se paga na Amazon é realmente o preço real do livro? Durante as nossas lives diárias lá na Twitch a gente fala bastante sobre mercado editorial e o trabalho com livros e, com frequência, o assunto preços de livros vira pauta. 

Fiz um corte de um dos nossos papos e compartilhei lá no canal do YouTube, explicando um pouco por que os livros estão ficando tão caros e por que existe diferença entre preços de ebooks e livros físicos. 


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Foto de Chamindu Perera na Unsplash

Tem uma história fantástica que parece muito algo que poderia acontecer hoje no Twitter. Essa é uma das curiosidades que eu venho compartilhando lá no meu TikTok - sim, me rendi à rede da dancinha e estou amando, fica o convite para me acompanhar por lá também. 

Sherlock Holmes deve ser, até hoje, um dos personagens mais famosos não só da literatura, mas da cultura pop. Na época, um historiador chegou a dizer que, por causa do personagem, o Arthur Conan Doyle era tão famoso quanto a rainha Victoria. E esse não é um daqueles casos de fama póstuma não, o autor sofreu nas mãos dos fãs alucinados pelo detetive.

Em 1893 Sir Arthur Conan Doyle achou que tinha dado um fim para seu personagem na edição de dezembro da The Strand, um dos periódicos literários mais famosos da época, e onde as aventuras do Sherlock Holmes eram publicadas. Na época, os leitores faziam filas nas bancas no dia em que sairia a nova edição da Strand com capítulos novos da história do Sherlock.

O próprio autor teria ficado emocionado com o desfecho, afinal, era Sherlock Holmes né. Só que em uma época em que o Twitter estava longe de existir, Sir Arthur Conan Doyle não tinha como prever o que a ira de um grupo de bookstans poderia gerar.

Mais de 20 mil assinantes da Strand cancelaram sua assinatura indignados com a morte de Sherlock Holmes. Isso quase quebou a revista! Diz que a lenda que vários homens saíram nas ruas de Londres usando roupas pretas como se estivessem indo a um velório.

Grupos de leitores e fãs apaixonados começaram a se formar, o autor recebeu cartas indignadas. Ele não entendeu como poderia existir tamanha revolta. Pra gente, hoje, pode parecer algo passível de acontecer, mas na época foi uma coisa inédita. A palavra fã nem existia ainda desse jeito. 

Quando a pressão se tornou insuportável, o autor escreveu uma história pré morte do Shelock e, depois, até ressuscitou o personagem inventando que só o Moriarty tinha morrido. Segundo um artigo da BBC que explica essa história toda, foram os leitores de Sherlock Holmes que ajudaram a criar os fandoms como a gente conhece hoje. Ou seja, Sherlock Holmes foi responsável pelos primeiros bookstans.

Hoje em dia, com tantas adaptações do personagem, os fãs podem ficar tranquilos porque né, além dos livros, sempre vai ter histórias novas com Sherlock Holmes.

Se quiser conferir essas e outras curiosidades literárias, me segue lá no TikTok ♥

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O Prêmio Pulitzer é uma premiação estadunidense que tem como objetivo premiar pessoas e obras nas áreas de jornalismo, literatura e composição musical. Os vencedores sempre ganham destaque no mercado seja pelo interesse crescente gerado pela premiação, seja pelo reflexo dos temas abordados nas obras para a sociedade. 

Entre reportagens, profissionais e trabalhos fotográficos, confira quais foram os livros vencedores do Prêmio Pulitzer 2023! 

  • Ficção: Demon Copperhead - Barbara Kingsolver 
  • Ficção: Confiança - Hernán Díaz 
  • História: Freedom's Dominion: A Saga of White Resistance to Federal Power - Jefferson Cowie 
  • Biografia: G-Man – J. Edgar Hoover and the Making of the American Century - Beverly Gage 
  • Memória ou autobiografia: Stay True -  Hua Hsu 
  • Poesia: Then the War: And Selected Poems, 2007-2020 - Carl Phillips 
  • Não-ficção geral: His Name Is George Floyd - Robert Samuels e Toluse Olorunnipa 

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Reprodução: Women's Prize

O Women's Prize é um dos mais prestigiados prêmios literários internacionais e, anualmente, ele consagra as melhores obras de ficção escritas por mulheres ao redor do mundo.

A presidente das juradas, Louise Minchin, disse: “Este é um conjunto requintado de romances ambiciosos, diversificados, atenciosos, contundentes e emocionalmente envolventes. Uma vitrine brilhante do poder da escrita feminina. Minhas colegas juradas e eu sentimos que foi um grande privilégio ler esses romances e estamos muito satisfeitas por fazer parte de suas jornadas, trazendo-os à atenção de mais leitores ao redor do mundo." 

Confira a lista completa das obras e das autoras finalistas com links para os livros, caso queira conferir sinopses e saber mais sobre cada:


  • Black Butterflies, Priscilla Morris
  • Pod, de Laline Paull
  • Fire Rush, de Jacqueline Crooks
  • Trespasses, de Louise Kennedy
  • The Marriage Portrait, de Maggie O’Farrell
  • Demon Copperhead, de Barbara Kingsolver



Embora a lista de finalistas de 2023 tenha cenários que abrangem todo o mundo – da ex-Iugoslávia, Jamaica e Oceano Índico à Itália, Virgínia e Irlanda – as próprias autoras são predominantemente britânicas: quatro da lista são britânicas, ao lado de uma americana e uma irlandesa.

A vencedora do Women’s Prize for Fiction deste ano será premiada na quarta-feira, 14 de junho de 2023.

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Laura Brand. Editora, jornalista, produtora de conteúdo e apaixonada por contar histórias. É apaixonada por livros e acredita que cada página guarda uma história incrível que merece ser contada. Atualmente você pode encontrá-la falando sobre narrativas por aí, contando histórias escritas e ajudando a transformar sonhos em livros.

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